sexta-feira, outubro 21, 2011

Toques aos Jornalistas

Manual de Terminologia correta para profissionais de Comunicação.

Cuidado ao utilizar a terminologia incorreta para se referir a pessoas com deficiência e não utilize a expressão portadores de deficiência ou portadores de necessidades especiais. Muitos termos e expressões utilizados hoje pela maioria das pessoas estão incorretos e reforçam a segregação mais do que incluem as pessoas com deficiência. Abaixo, algumas dicas para tratar do tema em matérias ou publicações:
  • “Especial”, “excepcional”, “dito-normal” e “anormal” não devem ser utilizados, pois as deficiências são uma manifestação inseridas na diversidade humana. Se todos somos diferentes, como designar os “especiais”?
  • A expressão “Pessoa com necessidades especiais” tem origem em necessidades educacionais especiais (Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de aprendizagem; Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciada dos demais alunos; Altas habilidades / superdotação, grande facilidade de aprendizado). Com o tempo, passou a ser usada designar todas pessoas com deficiência.
  • Um erro muito comum é crer que deficiência é antônimo de eficiência e, por isso, considerar as pessoas com deficiência menos capazes.
  • Algumas pessoas ainda relutam em utilizar o termo “deficiência” acreditando ser algum tipo de ofensa, quando é apenas uma característica da pessoa.
  • Deficiência intelectual não é sinônimo de doença mental. A deficiência se refere a um comprometimento intelectual, temporário ou não, com inúmeras origens e associado à capacidade da pessoa responder às demandas da sociedade. Na doença mental, a pessoa tem sofrimento psíquico, como depressão, síndrome do pânico e esquizofrenia.
  • Da mesma maneira, deficiência não é doença. A comparação entre as duas transmite a imagem de que para inserir uma pessoa com deficiência na sociedade é necessário antes “curá-la”, quando as pessoas com deficiência são titulares de direitos, estando reabilitadas ou não.
  • Surdez e cegueira são deficiência e não doenças, mas que podem ter sido causadas por doenças. Por não se tratarem de doenças e não serem contagiosas, não podem ganhar contornos de epidemia.
  • Um erro muito comum ao se abordar pessoas com deficiência é utilizar o termo “deficiência física” englobando qualquer tipo de deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual ou múltipla).
  • Não existe surdo-mudo, mas apenas surdo. A pessoa que nasce surda tem a capacidade de aprender uma linguagem oral, mas é mais comum, e mais fácil, que tenha em uma língua de sinais (por exemplo a Língua Brasileira de Sinais – Libras) como sua primeira opção.
  • A pessoa é considerada com deficiência visual quando tem acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica, ou nos casos em que a somatória da medida do campo visual for igual ou menor a 60°. A pessoa é considerada cega quando sua acuidade visual no melhor olho for menor ou igual a 0,05, com a melhor correção óptica.
  • A palavra “deficiente” não deve ser utilizada como substantivo, mas pode ser usada como adjetivo. Quando usada como substantivo, passa a impressão de que a pessoa inteira é deficiente.
  • “O termo ‘deficiência’ significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social” – Decreto Federal nº 3.956 / 2001.
  • Para se referir a uma pessoa com deficiência não utilize palavras como “defeituoso”, “incapacitado” ou “inválido”. Da mesma forma, pessoas sem deficiência podem ser chamadas de “comuns” ou “sem deficiência”, mas não “normais”, afinal, este é um conceito muito relativo e polêmico.
  • As expressões “anomalia genética” ou “doença genética” devem ser evitadas. Procure utilizar “síndrome genética” (a mais indicada), “alteração genética”, “condição genética” ou “situação genética”.
  • Existem critérios muito rígidos para definir uma deficiência, portanto, uma pessoa com alto grau de miopia, por exemplo, não é uma pessoa com deficiência visual. Pelo mesmo motivo, não é recomendável dizer “somos todos deficientes”.
  • Apurar uma matéria que envolva uma pessoa com deficiência exige o mesmo olhar crítico do que qualquer outra matéria. Uma má informação não se justifica pelo fato de ter sido passada por uma pessoa com ou sem deficiência.
  • Como em qualquer outra matéria, evite generalizações para se referir às pessoas com deficiência, por exemplo, dizer que todas pessoas com síndrome de Down têm talento artístico. As pessoas com deficiência são, acima de tudo, pessoas, com falhas de caráter, talentos e aptidões, como qualquer outra.
  • Evite supervalorizar a pessoa com deficiência bem sucedida e que supera as limitações. Nem todos seguem o mesmo caminho e quem não seguiu este pode ficar minimizado. Uma sociedade perfeita é aquela onde o “herói” é apenas mais uma entre tantas possibilidades.
  • Procure citar a legislação brasileira para esclarecer e embasar melhor as matérias. Isso ajuda a população a conhecer e refletir sobre as políticas de inclusão.
  • Procure tratar da deficiência também em matérias que não abordem o tema explicitamente, colhendo depoimentos de pessoas com deficiência, bem como de pessoas sem deficiência. Em matérias sobre hotéis, restaurantes e bares, procure saber se o ambiente é acessível.
  • Uma sociedade acessível às pessoas com deficiência precisa estar de acordo com seis acessibilidades básicas: Arquitetônica (sem barreiras ambientais em edifícios); Comunicacional (sem barreiras na comunicação interpessoal, escrita e virtual); Metodológica (sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo ou trabalho); Instrumental (sem barreiras nas ferramentas de trabalho, estudo ou lazer); Programática (sem barreiras embutidas em leis, normas, decretos e regulamentos); e Atitudinal (sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações).
  • Habilitação e reabilitação são serviços que têm por objetivo reduzir as limitações existentes e promover a qualidade de vida e os meios para a pessoa mudar a própria vida. Incluem as áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional, psicologia, entre outras. Também se inclui na parte de reabilitação o fornecimento de medicamentos que favoreçam a estabilidade clínica e funcional e auxiliem na limitação da incapacidade, na reeducação funcional e no controle das lesões que geram incapacidades.
  • Inclusão não é a mesma coisa que inclusão social. O primeiro caso se refere a qualquer condição humana. Já a inclusão social se refere à sociedade.
  • O adjetivo “inclusivo” se refere a quaisquer ambientes e situações abertos à diversidade humano e não somente quando se trata de pessoas com deficiência. Desta forma, ambientes inclusivos são aqueles que oferecem condições plenas para qualquer pessoa se desenvolver seus potenciais com dignidade. Se houver dúvida sobre a adequação da palavra “inclusão”, pode-se utilizar “inserção”, que não está vinculado a movimentos internacionais pela garantia dos direitos humanos de pessoas com deficiência.

Principais Diferenças entre Inclusão e Integração
InclusãoIntegração
Inserção total e incondicional (crianças com deficiência não precisam “se preparar” para ir à escola regular)Inserção parcial e condicional (crianças “se preparam” em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares)
Exige rupturas nos sistemasPede concessões aos sistemas
Mudanças que beneficiam toda e qualquer pessoa (não se sabe quem “ganha” mais; TODAS ganham)Mudanças visando prioritariamente a pessoas com deficiência (consolida a idéia de que elas “ganham” mais)
Exige transformações profundasContenta-se com transformações superficiais
Sociedade se adapta para atender às necessidades das pessoas com deficiência e, com isso, se torna mais atenta às necessidades de TODOSPessoas com deficiência se adaptam às necessidades dos modelos que já existem na sociedade, que faz apenas ajustes
Defende o direito de TODAS as pessoas, com e sem deficiênciaDefende o direito de pessoas com deficiência
Traz para dentro dos sistemas os grupos de “excluídos” e, paralelamente, transforma esses sistemas para que se tornem de qualidade para TODOSInsere nos sistemas os grupo de “excluídos que provarem estar aptos” (sob este aspecto, as cotas podem ser questionadas como promotoras da inclusão)
O adjetivo inclusivo é usado quando se busca qualidade para TODAS as pessoas com e sem deficiência (escola inclusiva, trabalho inclusivo, lazer inclusivo etc.)O adjetivo integrador é usado quando se busca qualidade nas estruturas que atendem apenas as pessoas com deficiência consideradas aptas (escola integradora, empresa integradora etc.)
Valoriza a individualidade de pessoas com deficiência (pessoas com deficiência podem ou não ser bons funcionários; podem ou não ser carinhosos etc.)Como reflexo de um pensamento integrador podemos citar a tendência a tratar pessoas com deficiência como um bloco homogêneo (ex.: surdos se concentram melhor, cegos são excelentes massagistas etc.)
Não quer disfarçar as limitações, porque elas são reaisTende a disfarçar as limitações para aumentar a possibilidade de inserção
Não se caracteriza apenas pela presença de pessoas com e sem deficiência em um mesmo ambienteA presença de pessoas com e sem deficiência no mesmo ambiente tende a ser suficiente para o uso do adjetivo integrador
A partir da certeza de que TODOS somos diferentes, não existem “os especiais”, “os normais”, “os excepcionais”, o que existe são pessoas com deficiência.Incentiva pessoas com deficiência a seguir modelos, não valorizando, por exemplo, outras formas de comunicação como a Libras. Seríamos um bloco majoritário e homogêneo de pessoas sem deficiência rodeado pelas que apresentam diferenças.

O conteúdo dos textos foi baseado no Manual da Mídia Legal
http://store-escoladegente.locasite.com.br Nova Janela

quinta-feira, outubro 20, 2011

Projeto do Governo vai adaptar casas de pessoas com deficiência física

O governador do Amazonas, Omar Aziz, afirmou na manhã desta terça-feira, dia 18 de outubro, que vai lançar nos próximos 20 dias um projeto voltado às pessoas com necessidades especiais. Entre as ações principais do projeto, coordenado pela recém-criada Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), está a adaptação de residências onde moram pessoas com alguma deficiencia.
Segundo o governador, cerca de 15% da 
população do Estado possui algum tipo de necessidade especial. “Determinei que temos que melhorar a qualidade de vida de crianças, jovens e das pessoas com algum tipo de deficiência que moram em condições sub-humanas”, disse o governador, que nesta segunda-feira esteve reunido com a Seped e outros órgãos parceiros no projeto – Secretarias  estaduais de Saúde (Susam), de Educação (Seduc), de Cultura (SEC) e de Assistência Social (Seas).
O projeto vai permitir a reforma e adaptação de ambientes, como quartos, banheiros, além da compra de equipamentos – camas, computadores e aparelhos para fisioterapia que possam ser usados em casa.  Segundo Omar Aziz, há uma determinação de governo para que os órgãos dêem transversalidade às suas ações e, assim, possam atender de forma mais adequada as pessoas vivendo com deficiência.
Outra meta do projeto é utilizar os espaços dos Centros de Educação de Tempo Integral (Cetis) para oferecer serviços de fisioterapia, atendimento médico e odontológico às pessoas com necessidades especiais. A ideia é que a partir das 16h, as estruturas dessas escolas, que possuem piscina, salas de dança, consultórios, entre outros, sejam ocupados com esta finalidade.
Segundo o governador, o projeto que inicia por Manaus, é voltado para as famílias carentes. “Se para quem tem condições já é difícil, imagine para um pai e uma mãe que não tem condições financeiras. Muitas vezes estas crianças ficam no fundo de uma rede sem as mínimas condições. Quero amenizar o sofrimento dessas pessoas”.

Matéria retirada do blog:
http://www.blogmarcossantos.com.br/2011/10/18/projeto-do-governo-vai-adaptar-casas-de-pessoas-com-deficiencia-fisica/
Fotos:http://www.farolcomunitario.com.br/img_mg/minas_cohab_adap_deficientes.jpg

terça-feira, outubro 11, 2011

SEPED PARTICIPA DAS COMEMORAÇÕES DE 25 ANOS DA ADVAM

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência participou na manhã desta segunda feira, 10 de outubro da seção especial alusiva aos 25 anos da Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas – ADVAM.
A seção especial aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado - ALEAM e contou com a participação de várias associações das Pessoas com Deficiência,  sociedade civil organizada além de autoridades. Na oportunidade a secretaria foi representada pela servidora Sheila Campos e foi recepcionada pelo seu presidente o Sr José Wallace.

sexta-feira, outubro 07, 2011

SEPED VISITA APAE DO MUNICÍPIO DE TEFÉ

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência- SEPED, representada pela gerente de monitoramento Paula Suellen visitou na ultima semana, dia 1 de outubro, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE do município de Tefé, que fica a 575 km da capital Manaus. O objetivo do encontro foi acompanhar às ações de transversalidade dos técnicos do Fundo de Promoção Social sobre convênio a ser firmado pela APAE e Governo do Estado que tratam da aquisição de ônibus adaptado com 45 lugares, que vai atender pacientes que estudam  na sede da associação.