Deficiências

Deficiência física: É a alteração completa ou parcial  de  um  ou  mais  segmentos  do  corpo  humano, acarretando  o  comprometimento  da  função  física,  apresentando-se  sob  a  forma  de paraplegia,  paraparesia,  monoplegia,  monoparesia,  tetraplegia,  tetraparesia,  triplegia, triparesia,  hemiplegia,  hemiparesia,  ostomia,  amputação  ou  ausência  de  membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades  estéticas  e  as  que  não  produzam  dificuldades  para  o  desempenho  de funções.

 

Para melhor entendimento, seguem-se algumas definições:
Amputação – perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro;
Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores;
Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;
Monoplegia – perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior);
Monoparesia – perda  parcial  das  funções  motoras  de  um  só  membro  (inferior  ou  superior);
Tetraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores;
Tetraparesia – perda  parcial  das  funções  motoras  dos  membros  inferiores  e
superiores;
Triplegia – perda total das funções motoras em três membros;
Triparesia – perda parcial das funções motoras em três membros;
Hemiplegia – perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo  (direito ou
esquerdo);
Hemiparesia – perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito
ou esquerdo);
Ostomia – intervenção cirúrgica  que  cria  um  ostoma  (abertura,  ostio)  na  parede
abdominal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina; processo cirúrgico que visa à
construção de um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o
exterior do corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário);
Paralisia Cerebral –  lesão de uma ou mais áreas do  sistema nervoso central,  tendo
como  conseqüência  alterações  psicomotoras,  podendo  ou  não  causar  deficiência
mental;
Nanismo – deficiência acentuada no crescimento.


Deficiência auditiva: É a perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Deficiência visual: Conceitua-se como deficiência visual:
Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; 
Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica. Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°. Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos as pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato,  ou  implantes  de  lentes  intra-oculares,  não  conseguem  ter  uma  visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.

Deficiência mental: Conceitua-se como deficiência mental o funcionamento  intelectual  significativamente  inferior  à média, com manifestação antes dos 18 anos e  limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a)  comunicação;
b)  cuidado pessoal;
c)  habilidades sociais; 
d)  utilização dos recursos da comunidade;
e)  saúde e segurança;
f)  habilidades acadêmicas;
g)  lazer; e
h)  trabalho.



Deficiência múltipla: Conceitua-se como deficiência múltipla a associação de duas ou mais deficiências.

Deficiência Intelectual: A deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-se, observando duas coisas: A capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento intelectual). A competência necessária para viver com autonomia e independência na comunidade em que se insere (a esta competência também se chama comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo). Enquanto o diagnóstico do funcionamento cognitivo é normalmente realizado por técnicos devidamente habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.).
As causas da Deficiência Intelectuais mais comuns são:
Condições genéticas: Por vezes, o atraso mental é causado por genes anormais herdados dos pais, por erros ou acidentes produzidos na altura em que os genes se combinam uns com os outros, ou ainda por outras razões de natureza genética. Alguns exemplos de condições genéticas propiciadoras do desenvolvimento de uma deficiência intelectual incluem a síndrome de Down ou a fenilcetonúria. Problemas durante a gravidez e no durante o parto podem resultar uma DI, como por exemplos: O desenvolvimento inapropriado do embrião ou do feto durante a gravidez, divisão das células, surjam problemas que afetem o desenvolvimento da criança, uma mulher alcoólica ou que contraia uma infecção durante a gravidez, como a rubéola, por exemplo, problemas ao nascer, se o bebê tem problemas durante o parto, como, por exemplo, se não recebe oxigênio suficiente, e outro.


È importante lembrar que seguindo as normas gerais as Deficiências só poderão ser diagnosticadas por meio de Laudo Médico, mesmo as Deficiências visíveis. Exemplos:
a) Laudo médico, que pode ser emitido por médico do trabalho, da rede SUS e ou particular, atestando enquadramento legal do(a) empregado(a) para integrar a cota, de acordo com as definições estabelecidas na Convenção nº 159 da OIT, Parte I, art. 1; Decreto nº 3.298/99, arts. 3º e 4º, com as alterações dadas pelo art. 70 do Decreto nº 5.296/04.  Este laudo deverá especificar o tipo de deficiência e tornando pública a sua condição;


Para o atendimento e a facilidade da vida, as Pessoas com Deficiência Física necessitam em todas as esferas de a acessibilidade, considerando o direito de ir e vim com segurança e autonomia. Assim, podemos dizer que o Deficiente Físico necessita de serviços diversos que possibilite sua inserção social e pessoal, conquistando assim sua inclusão.

A acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por Pessoa com Deficiência ou com mobilidade reduzida, pelo qual podemos verificar a existência ou não da inclusão social da Pessoa com Deficiência, bem como, a medida de sua efetivação. Então, esta medida é diretamente proporcional entre a acessibilidade e a inclusão, pois, quanto maior a acessibilidade, maior será a inclusão da Pessoa com Deficiência.

A garantia de acesso aos meios urbanos de bens e serviços é uma conquista de direitos inerentes a cidadania e a afirmação social de igualdade perante a lei (equidade) são resultados de um processo histórico que iniciou e consolidou-se a partir dos movimentos das próprias pessoas com deficiência.

Precisamos entender que tornar um ambiente acessível para as pessoas com deficiência é também fazê-lo para as demais pessoas sem deficiência, pois, a garantia de acesso aos meios urbanos de bens e serviços, nem sempre foi uma preocupação considerada nas políticas públicas feitas a conquista de direitos inerentes a cidadania e a afirmação social de igualdade perante a lei, tudo foi e é resultados de um processo histórico que iniciou e consolidou-se a partir dos movimentos das próprias pessoas com deficiência e que até hoje se perpetua na implementação da acessibilidade para o segmento, bem como para as Pessoas sem Deficiência, chegando de fato e de direito a inclusão social de toda a sociedade.

A importância da estimulação para Pessoas com Deficiência Física congênitas e adquiridas:

A estimulação precoce é a base fundamental para o desenvolvimento da criança que nasce com deficiência. Todo o trabalho realizado deve acontecer já com os recém-nascidos, pois existem exercícios adequados para o bom funcionamento pessoal e social da criança bem como da sua família. Por isso a conscientização e o incentivo por partes dos Pais e resp0nsaveis é indispensável para que a criança possa deste o nascimento perceber o mundo pelos sentidos e agir sobre ele, tendo por base a interação com o todo e construindo sua evolução diariamente. Dessa forma, ressaltamos ainda a importância de equipe multidisciplinar no trabalho de estimulação precoce e reabilitação deste o nascimento.

Estimulação / O inicio de tudo
O quanto antes se iniciar o processo de estimulação com o surdo, a criança e ou adulto, melhor será o seu desenvolvimento, uma vez que a pessoa surda terá a oportunidade de integração com o mundo através da comunicação.

Tipos de estimulação necessária aos surdos:
·         Conhecimento de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)
·         Fonoaudiologia
·         Terapias motoras e auditivas


O conhecimento da LIBRA o mais cedo possível, trará ao surdo o acesso a comunicação da mesma forma que uma pessoa ouvinte aprende a falar e se comunicar na primeira infância, ou seja, ate os 2 anos de idade.
O atendimento ao surdo em espaços públicos, como exemplo: bancos, correios, aeroportos, rodoviários, hospitais e etc., devera ser realizado através de um interprete, ou seja, alguém capacitado e com proficiência em LIBRAS.
Outro momento importante é em palestras e em reuniões onde é necessário a legenda em tempo real, pois garante ao surdo que interaja com a platéia e os palestrantes em tempo real, acabando com o vazio de tempo que se estabelece entre o interprete  escutar e transmitir, saliento que um recurso não invalide o outro, uma vez que tem surdos que não são alfabetizados na língua portuguesa.
Caso o surdo seja oralizado e está interagindo com um ouvinte que não conheça LIBRAS, o mesmo deve procurar falar de frente para que o surdo de forma que ele enxergue a boca, e de forma mais lenta, só demonstre se compreendeu o que ele falou e ou sinalizou se realmente for real, fale com o tom de voz normal, a não ser que ele solicite para levantá-la, seja expressivo, caso não entender solicite a repetição. Chame o surdo por sinal e com um toque na mao ou no braço e mesmo que ele esteja acompanhado, fale com ele, pois assim você estará valorizando a sua autoestima.
Recursos tecnológicos ou Tecnologia Assistida
·         Aparelhos auditivos
·         Matérias didáticos educativos com recurso visual
·         Legenda em tempo real na TV, em reuniões e em palestras
·         Programas de computadores com tradução da língua de sinais
·         Telefone com texto ou que transmita mensagens de texto

A maior dificuldade do surdo depois da compreensão da linguagem, esta relacionada à Educação, o surdo precisa de escolas especiais ou escolas inclusivas preparadas para recebê-lo, com professores conhecedores da língua de sinais e reforços direcionados a dificuldade de cada um.

É importante ainda lembrar dos fatores que podem desenvolver uma Deficiência Visual e até levar a cegueira:

·         Tracoma;
·         Oftalmia neonatal (causada pela falta de cuidados durante o parto)
·         Xeroftalmia (causada pela falta de vitamina A)
·         Fibroplasia retrolental (causada pela alta concentração de oxigênio nas incubadoras).
·         Glaucoma
·         Deslocamento da retina.

Alguns materiais e equipamentos específicos que possibilitam uma melhor desempenho do Deficiente Visual.
1.      Bengala – orientação para obstáculos;
2.      Reglete – trabalha a escrita, escreve-se da direita p/esquerda e a leitura da esquerda p/direita.
3.      Punção- caneta
4.      Sorobão – instrumento de cálculos
5.      Máquina de escrever Braille  contém   7 teclas, de um lado 1-2-3 e do outro 4-5-6 e espaço;
6.      Computador com programa de leitura de tela ou interface de áudio;
7.      Impressora Braille;
8.      Papel  específico para escrita e impressão Braille (40Kg);
9.      Scanner com programa de leitura de texto;
10.  Telelupa manual e eletrônica;
11.  Placas e indicadores com escrita Braille;
12.  Piso tátil;
13.  Sinalização sonora;
14.  Linha Braille;
15.  Guia de assinatura – objeto retangular, o meio é vazado;
16.  Máquina PERKINS – datilografia;
17.  Ledor para provas de concurso público


Existem ainda alguns dispositivos que são de grande relevância para a Inclusão do Deficiente Visual, nas áreas no que dispõe.

A Lei 11.126 de 27 de Junho de 2006, Art.1º e Art.3º dispõem sobre o direito do portador de deficiência visual de uso coletivo acompanhado de cão-guia.

EDUCAÇÃO: Pessoas com deficiência Visual podem e devem estudar em turmas inclusivas de escolas do ensino comum, contudo é necessário que os professores, técnicos, e funcionários estejam treinados e capacitados. A escola deve possuir ainda uma estrutura física adaptada.    
SAÚDE: A pessoa com deficiência visual necessita de habilitação e reabilitação, necessária à sua plena integração na sociedade, resguardando os seus direitos, através de medidas apropriadas, como: terapias, serviços médicos e sociais.    
Necessidade a curto prazo: convênios com clínicas para laudos médicos, hoje o deficiente é obrigado a fazer uma avaliação médica de  6 em 6 meses para prevalecer os direitos .

Fontes consultadas: Decreto nº 5.296/2004, Decreto nº 3.298/1999, Revista REAÇÂO, Revista SENTIDOS.


Dicas de relacionamento com as Pessoas com Deficiência


É importante ajudar a Pessoa que possuem alguma Deficiência, sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda, perguntando qual é a melhor maneira de proceder. Não se ofenda se a oferta for recusada, pois nem sempre ela é necessária. Bom senso e naturalidade são essenciais no relacionamento com as pessoas com deficiência. Trate-as conforme a sua idade. Se for uma criança, trate-a como uma criança, ser for um adulto, trate-a como um adulto. Uma pessoa com deficiência não é uma pessoa doente! A deficiência somente impõe, em casos específicos, a necessidade de adaptações.

Tipos de Deficiência
É comum ouvirmos as pessoas referirem-se às pessoas com deficiência como “deficientes físicos”. A deficiência física engloba vários tipos de limitações
motoras (paraplegia, tétraplegia, paralisia cerebral e amputação, por exemplo). Mas existem também outros tipos de deficiência:
Deficiência Intelectual (pessoas com funcionamento mental significamente abaixo da média);
Deficiência Auditiva (pessoas com redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons, em diferentes graus de intensidade);
Deficiência Visual (pessoas com redução ou ausência total da visão, podendo ser classificada em baixa visão ou cegueira);
Surdocegueira (é uma deficiência única, que apresenta a perda da visão e da audição concomitantemente em diferentes graus);
Deficiência Múltipla (associação de duas ou mais deficiências. Exemplo: deficiência intelectual associada à deficiência física). 

Como se relacionar com as Pessoas com Deficiência:

Fisica: Não se apóie na cadeira de rodas, isso pode causar algum tipo de incômodo à pessoa com deficiência, que têm neste equipamento a complementação da sua mobilidade. Use palavras como “correr” e “andar” naturalmente, as pessoas com deficiência física também utilizam estes termos. Para conversar com uma pessoa em cadeira de rodas, caso a conversa seja prolongada, sente-se para ficar no mesmo nível de seu olhar. Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão e perguntar como deve proceder. Se estiver acompanhando uma pessoa que anda devagar, procure acompanhar o seu ritmo. A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar alguma dificuldade na comunicação; no entanto, na maioria das vezes o seu raciocínio está intacto. Caso não compreenda o que diz, peça que repita, ou escreva, respeitando o ritmo de sua fala.

Intelectual: Não subestime a pessoa com deficiência intelectual. Dê-lhe atenção. Cumprimente-a normalmente. Ajude somente quando houver necessidade ou quando for solicitado. As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender e compreender determinadas tarefas. Procure dar instruções objetivas e claras, tenha paciência e explique quantas vezes forem necessárias para que ela possa entender o que está sendo pedido. Não confunda deficiência intelectual com doença mental. A pessoa com deficiência intelectual compreende normalmente a sua realidade, ela tem uma deficiência, não uma doença!

Auditiva: Procure falar pausadamente, mantendo contato visual, pois se você dispersar o olhar, ele poderá entender que a conversa acabou. Não grite, fale com tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para levantar a voz. Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha receio de pedir que repita. Para iniciar uma conversa com uma pessoa surda, acene ou toque levemente em seu braço. Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente com a pessoa surda, não com o intérprete. Se necessário, comunique-se por meio da escrita. Não é correto a utilização do termo surdo-mudo. A pessoa surda “fala” em sua língua própria, a língua de sinais. Entretanto, a terapia fonoaudiológica pode colaborar para o desenvolvimento das possibilidades de fala oral.

Visual: Utilize naturalmente termos como “cego”, “ver” e “olhar”. Os cegos também os utilizam. Ao conversar com uma pessoa cega, não é necessário falar mais alto, ao menos que ela também tenha uma deficiência auditiva. Ao conduzir uma pessoa cega, ofereça seu braço (cotovelo) para que ela segure. Não agarre-a, nem puxe pelo braço ou pela bengala. Ao explicar a direção para um cego, indique distância e pontos de referência com clareza: “tantos metros à direita, à esquerda”. Evite termos como: “por aqui” e “por ali”. Informe sobre os obstáculos existentes, como degraus, desníveis e outros; quando houver a necessidade de passar por lugares estreitos, a exemplo de portas, corredores, posicione seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo. Sempre que se ausentar de uma sala, informe a pessoa, caso contrário ela ficará falando sozinha.

Múltiplas e Surdocegas:
Para lidar com uma pessoa que tenha deficiência múltipla, observe-a ou pergunte a quem a acompanha. O relacionamento se estabelece de acordo com as orientações já elencadas nos itens anteriores. Surdocegueira Pergunte como deve se comunicar com o surdocego ao seu guia-intérprete ou acompanhante. Ao chegar perto de uma pessoa surdocega, toque-o levemente nas mãos para sinalizar que está ao seu lado. Alguns surdocegos comunicam-se colocando a mão em seu maxilar para sentir a vibração do som que você está emitindo.

Mitos e Verdades sobre as Pessoas com Deficiência: 
MITO: Todas as pessoas com deficiência intelectual são sociáveis e sorridentes.
VERDADE: As pessoas com deficiência intelectual, assim como as demais pessoas, tem sua personalidade própria que independe de sua deficiência.
MITO: Toda pessoa com deficiência visual tem habilidades para música.
VERDADE: As habilidades para a música, e outros tipos de arte , dependem exclusivamente do interesse, empenho e oportunidade pessoal e não estão necessariamente ligadas ao tipo de deficiência.
MITO: Todas pessoas com paralisia cerebral possuem um atraso no desenvolvimento cognitivo.
VERDADE: As pessoas com paralisia cerebral, muitas vezes, possuem dificuldades de comunicação que são interpretadas erroneamente como atraso cognitivo.
MITO: Todo surdo é mudo!
VERDADE: A língua de sinais também é uma língua. Sendo assim, de maneira geral, o surdo não fala oralmente, mas “fala” em sinais. Entretanto, o fonoaudiólogo pode ajudá-lo a desenvolver também suas possibilidades de fala oral.

Terminologias:
Necessidades especiais: É importante combatermos expressões que tentem atenuar as diferenças, tais como: “pessoas com capacidades especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”, “pessoas com habilidades diferenciadas”, “dEficientes”, “pessoas especiais” e a mais famosa de todas: “pessoas com necessidades especiais”. As “diferenças” têm de ser valorizadas, respeitando-se as “necessidades” de cada pessoa. O termo “pessoas com necessidades especiais”, discutido desde a década de 70, referia-se às necessidades específicas de cada pessoa, com ou sem deficiência. Entretanto, no Brasil o termo acabou por ser utilizado erroneamente como identificação única de pessoa com deficiência. O mais importante é garantir a “igualdade de oportunidades”. Ao tentarmos atenuar as diferenças, é como se disséssemos: “Aceitaremos você sem olhar para sua deficiência.”

Portador (a): Devemos ficar atentos à evolução histórica dos termos: Termos como: “portador de deficiência”, “pessoa portadora de deficiência”, ou “portador de necessidades especiais” não são mais utilizados. A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela “tem uma deficiência”. Tanto o verbo “portar” como o substantivo, ou adjetivo, “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Ou seja, a pessoa só porta algo que ela pode deixar de portar. Por exemplo, não dizemos que uma pessoa “é portadora de olhos verdes”, dizemos que ela “tem olhos verdes”.

Pessoa com deficiência: Há uma associação negativa com a palavra “deficiente”, pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. A pessoa não é deficiente, ela “têm uma deficiência”. Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, já convencionaram de que forma preferem ser chamados: PESSOA (S) COM DEFICIÊNCIA Esse termo faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2009.